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21/03/2014

Olh'á Primavera!

Pode ainda parecer um bocadinho manca, mas facto é: a Primavera chegou!

Já se sabe que a coisa ainda está a tentar pegar, como é costume por estas alturas, e já se sabe que pl'a frente ainda temos dias de camisolas, sobretudos e muito chapéu-de-chuva. Mas desde que o sol vá brilhando nos intervalos, who cares!?
Seja como fôr, não há nada como a chegada da Primavera. E garanto-vos que essa chegada ao Sul de Itália não tem igual.

Acreditem quando vos digo: Pasta, Roupa e Primavera é com estes senhores! 

14/01/2014

I need Instragram like a fish needs a bicycle #12 - My Xmas rocked!

Uma vez mais (como dita uma das tradições napolitanas mais idiotas de todos os tempos) a àrvore de Natal da Galleria Vittorio Emanuele II foi roubada, esteve desaparecida por 24h e depois lá apareceu com todos os seus pedidos ao Pai Natal. É bonito..     

A àrvore de Natal cá de casa em versão 80's 
 
Fui a casa...

...buscar umas receitas para a Consoada.

Dois bilhetinhos para "O Quebra-Nozes" no Teatro San Carlo. A melhor surpresa natalícia de sempre!

 
Passagem de Ano em Nápoles = Fogo de artíficio

Roccaraso e Roma. Porque a época natalícia em Itália é para ser levada a sério até ao dia dos Reis ;)

01/07/2013

Ao fresco

O meu conceito de férias de Verão resume-se basicamente a uma só coisa: não fazer rigorosamente NADA. Sendo assim nas minhas férias tudo gira em torno deste conceito que apesar de simples não é desprovido de interesse. Bem pelo contrário!
Ora, enquanto as férias não chegam há que condensar a coisa aos fins-de-semana. E eu descobri o sítio certo. A pouco menos de 2 horas de Nápoles em Salerno, na Marina di Camerota, está Porto Infreschi sinónimo de "dolce fare niente".      

Porto Infreschi é uma baía natural, em plena àrea protegida, onde apenas se chega de barco - para os visitantes que não usufruem de embarcação própria existem duas opções: transportes de cooperativas em portos próximos, como o da pequena vila de Scario, que fazem o transporte diário até à baía ou então embarcações, tipo insufláveis ou gozzi (barcos de pesca), cujo aluguer é possível nesses mesmos portos.

Na baía há uma praia pequena (mesmo muito pequena) concessionada ao Il Pirata, um restaurante cuja cozinha funciona num galeão ancorado no pequeno porto da praia. O menu do Pirata é de se chorar por mais. O atum fresco grelhado é das melhores coisas que já comi nesta terra, bem como os chocos e as amêjoas  "bulhão pato" à italiana com pão torrado ensopado. Enfim, é tudo bom demais. Num ambiente super descontraído de mesas e bancos corridos o Pirata trata-nos que nem realeza na sua praia privada ou, em alternativa, o manjar vai de bandeja até às embarcações que estejam atracadas na baía.  

Por umas escadas, desde a praia, é possível chegar ao topo panorâmico da baía onde está uma pequena capela e as ruínas de uma antiga sentinela moura. A paisagem é de cortar a respiração e a tranquilidade, apenas interrompida pelo cantar dos grilos e das cigarras, é deliciosa.  

Mas a melhor parte de Porto Infreschi é o mar. Para além de "mediterrânicamente" tranquilo; a cor azul turquesa da água parece mentira; o fundo do mar é absolutamente cristalino, pleno de corais; e a temperatura da água perfeita, apesar da fonte gelada de água doce que desagua na baía.   

A lista de sítios a visitar nestas costas, vizinhas de Nápoles, é infindável e cada um mais bonito que o anterior, mas Porto Infreschi consegue ser sempre a escolha certa!
My Summer vacation concept basically boils down to one idea: to do absolutely NOTHING. Everything I do on my vacation revolves around this simple nevertheless interest worthy concept.

Since Summer holidays are taking too long to arrive, I take weekends as an alternative. Gladly, I must add. Besides I've found just the right place. Less than 2 hours driving from Naples to Salerno, nearby Marina di Camerota, Porto Infreschi is my "dolce fare niente" spot.

Porto Infreschi is a natural harbor, a national protected area that is mainly reached by boat - for those  who do not have a boat of their own there are two options: in nearby ports, such as the small village of Scario or even Marina di Camerota, cooperative boats have daily scheduled transportation to Infreschi. A trip should cost around 5 eur per person. Or, whether in Scario or Marina di Camerota, you can rent small boats - I strongly suggest a gozzi (fishermen traditional boats) - for a reasonable price.

Infreschi has a very small - really small - and a restaurant "Il Pirata". The kitchen is a galleon moored to the small harbor beach. Il Pirata menu it's not very diversified but everything on it is delicious. The grilled fresh tuna as well as the cuttlefish are the best I've ever eaten in Italy. Same goes for the clam sauté with toasted bread - so tasty. In a relaxed atmosphere, with raw tables and benches, Il Pirata serves its clients as royalty in its tiny private beach or you can just snap your fingers and have your meal in your boat moored by the bay.

From the beach you can take the stairs reaching the panoramic top of the bay where you'll find a small chapel and the ruins of an old moorish sentinel. The scenery is breathtaking and the peace and quiet are only interrupted by the crickets and cicadas chirping.

But the best part of this whole paradise scenery is the sea. Mediterranean stillness in a blueish turquoise that it just doesn't seem real. Seabed is crystal clear, full of corals and perfect water temperature despite the cold source of fresh water that flows into the bay.
The list of by the sea sites to visit in Campania are endless and each one of them is more beautiful than the previous, so you can never go wrong. Still, Porto Infreschi will always be my first choice!
 


25/06/2013

Visita guiada

Nápoles é possivelmente das cidades italianas com mais locais de interesse histórico e, por isso mesmo, turístico. Há umas semanas um poster afixado algures nas ruas da cidade chamou a minha atenção: era um programa de concertos musicais para os meses de Maio e Junho, mas foi o túnel da foto que mais me fascinou. Nápoles é sobejamente conhecida pela sua versão subterrânea: túneis extensos a quarenta metros de profundidade que fazem a História da cidade desde os tempos da sua criação grega como Neapolis. Sendo assim, quando vi a foto de um longo túnel de arcos associei de imediato à Nápoles subterrânea. Mas a História estava prestes a dar-me uma grande volta e Nápoles voltaria a surpreender-me com a sua somptuosidade reservada.
À entrada da Grotta di Seiano fiquei a saber que estava perante um dos mais sugestivos percursos arqueológicos napolitanos. Esta imponente entrada não é mais nem menos que a introdução para uma galeria artificial construída na Era Romana pelo arquitecto Lucio Cocceio e (bastante) mais tarde recuperada por Fernando II de Bourbon, Rei das Duas Sícilias.   
Atravessei os 770 metros de túnel que cortam a colina de Posillipo e fui dar ao Vallone della Gaiola, onde dei de caras com um anfiteatro virado para uma piscina e ladeado por uma magnifica estrutura esculpida em cima do mar. Este túnel e estas ruínas são o que resta da Villa del Pausilypon, a segunda moradia do riquíssimo Publio Vedio Pollione, cavaleiro e político romano, que todos os verões ficava ao dispôr do ócio dos mais poderosos do Império. 
É um sítio lindíssimo com uma paisagem de cortar a respiração onde praticamente caí de pára-quedas. E ainda bem! 

Ps- o concerto não foi mau mas as ruínas puseram piano e cantores a um canto. 















16/05/2013

Ich bin ein Berliner

Seguindo a premissa de que há sempre uma primeira vez para tudo eis que finalmente visitei Berlim. E a conclusão é tão simplesmente esta: qualquer semelhança com outras grandes cidades alemãs é pura coincidência! Do pouco que vi, em pouco menos de uma semana que lá estive, deu para perceber que é uma cidade onde se vive, na verdadeira acepção da palavra. 
Não vou dizer, como turista, que seja uma cidade com muito para visitar, porque não o é. Mas é uma cidade para se estar, para se aproveitar e gozar o momento de preferência com uma cerveja em punho! 
Pouco há para ver, em termos de monumentos, pois pouco restou da II Grande Guerra. Sendo assim tudo o que existe é recuperado ou concretizado após esse período e pertence, em grande parte, à fatia contemporânea da História em que o Muro de Berlim é o maior dos protagonistas. E foi exactamente com os seus argumentos de "História viva" que a cidade me conquistou. 
Quando há uns tempos visitei sozinha o sul do Vietname andei atrás dos principais locais de guerra, visitei os museus, as exposições, vi os objectos, fiquei a conhecer as personagens e só assim foi possível um entendimento mais esclarecido sobre aquele momento histórico específico. Em Berlim tive a mesma sensação de descoberta sobre um período da História do qual eu me recordo vagamente. Tenho memórias de pequena em que havia um Muro a dividir uma cidade, de pessoas que tinham morrido a tentar passá-lo, recordo-me da URSS e do dia em que o muro caiu. 
A Berlim de hoje é o resultado de momentos muito pesados e, talvez por isso, liberdade e "melting pot" são as palavras que melhor definem esta cidade de alma renovada.
E, já agora, só mais uma coisinha que ninguém teve a decência de me dizer antes sobre Berlim: esta cidade está infestada de restaurantes de todo o mundo, onde se come bem, muitíssimo bem. Considera-te agradavelmente avisado.