16/05/2013

Ich bin ein Berliner

Seguindo a premissa de que há sempre uma primeira vez para tudo eis que finalmente visitei Berlim. E a conclusão é tão simplesmente esta: qualquer semelhança com outras grandes cidades alemãs é pura coincidência! Do pouco que vi, em pouco menos de uma semana que lá estive, deu para perceber que é uma cidade onde se vive, na verdadeira acepção da palavra. 
Não vou dizer, como turista, que seja uma cidade com muito para visitar, porque não o é. Mas é uma cidade para se estar, para se aproveitar e gozar o momento de preferência com uma cerveja em punho! 
Pouco há para ver, em termos de monumentos, pois pouco restou da II Grande Guerra. Sendo assim tudo o que existe é recuperado ou concretizado após esse período e pertence, em grande parte, à fatia contemporânea da História em que o Muro de Berlim é o maior dos protagonistas. E foi exactamente com os seus argumentos de "História viva" que a cidade me conquistou. 
Quando há uns tempos visitei sozinha o sul do Vietname andei atrás dos principais locais de guerra, visitei os museus, as exposições, vi os objectos, fiquei a conhecer as personagens e só assim foi possível um entendimento mais esclarecido sobre aquele momento histórico específico. Em Berlim tive a mesma sensação de descoberta sobre um período da História do qual eu me recordo vagamente. Tenho memórias de pequena em que havia um Muro a dividir uma cidade, de pessoas que tinham morrido a tentar passá-lo, recordo-me da URSS e do dia em que o muro caiu. 
A Berlim de hoje é o resultado de momentos muito pesados e, talvez por isso, liberdade e "melting pot" são as palavras que melhor definem esta cidade de alma renovada.
E, já agora, só mais uma coisinha que ninguém teve a decência de me dizer antes sobre Berlim: esta cidade está infestada de restaurantes de todo o mundo, onde se come bem, muitíssimo bem. Considera-te agradavelmente avisado.  






 

















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