30/01/2015

Inspiração

Há quase duas semanas fui até Florença ao famoso Pitti Uomo. Para quem desconhece, o Pitti é a feira internacional de maior destaque na indústria da Moda, com principal enfoque para a moda masculina. Pavilhões gigantes plenos de marcas, designers, artistas, criativos, que expõem os seus produtos e, por arrasto, ditam tendências, modas e assim inspiram todo um mundo empresarial. O Pitti dá o arranque ao mês de moda: Londres, Milão, Paris e Nova Iorque sucedem-se a este evento em desfiles, showrooms, notas de encomenda, revistas, blogs e por aí adiante.

Claro que a este evento está associado todo um circo, uma feira de vaidades que entre modelos, opinion-makers, bloggers e celebridades farão render, em fotos e outfits escolhidos a dedo, as páginas das revistas de moda e lifestyle que, mesmo de forma inconsciente, nos farão comprar um casaco amarelo ao invés do azul já na próxima primavera. 

É uma feira que enche o olho e nos faz querer ser mais vaidosos. É normal que o faça: a função do Pitti é, afinal de contas, atrair para vender. Verdade seja dita, se o Pitti não nos encher o olho, NADA enche. 

Mas para quem vê para além das aparências e das tendências, do empresarial e da imagem, do tartan e do denim, do azul e do amarelo, é inspiração no seu estado mais puro. Falo-vos daquela sensação de renovação que sentimos no nossa própria função lavorativa e nos apercebemos que há tanto por fazer e por empreender. Falo de todo um mundo de portas abertas à compreensão alheia com data e local marcados. Falo da possibilidade de percebermos como se constroi um Império explicado num tête-à-tête com quem fez um Império. Uma espécie de guideline, um sumário com todos os pontos a descoberto que nos motiva a aprofundar temas. Um curso intensivo vestido de Prada.

É de tal forma enriquecedor que por momentos percebemos que fazer mais está mesmo ao alcance de todos, basta...inspiração. E trabalho, claro. 

Mas trabalhar inspirado é outra loiça!


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