Há dias em que sou forçada a ouvir.
Há dias em que tenho de medir as palavras, para não se virarem contra mim.
Há dias em que a ignorância alheia me fere e me ofende tanto.
Há dias em que a minha compreensão da realidade é de tal forma clara que apenas o silêncio me compreende ou me resguarda.
Há dias em que a humanidade é minha inimiga - não merece a minha boa vontade e muito menos que partilhe com ela a minha sabedoria.
Há dias em que me chateio com o mundo, com o estado, com o contra-estado que o simples facto de escrever em maiúsculas irrita-me.
Há dias assim.
Depois vem o amor e passa.
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