12/07/2014

Coisas doces

Em três décadas e picos já quis ser muita coisa e fazer muito mais. Contava apenas 5 tenros anos e já queria ser bailarina, enfermeira, cabeleireira e caixa de supermercado - tudo ao mesmo tempo, claro!
Esse primeiro momento de ambição profissional abriu portas para o universo do "querer ser tudo e mais um par de botas". Excepção feita aos tempos de adolescência em que para levantar um dedo era necessário pedir licença ao dedo do lado. 
Infelizmente o mundo não vê os faz-tudos com bons olhos. Confunde-os com chicos-espertos. Vai daí enlatei-me de mais ou menos livre e irremediável espontânea vontade numa carreira de jornalismo. Foi o mais liberal que se arranjou na altura. Resguardada p'la suposta evolução de carreira a história repetiu-se e ele foi Revistas, Jornais, departamentos de RP/comunicação, TV e Cinema. Só não foi Rádio porque não calhou. Ainda...
Depois de tanta peripécia profissional e tantos desejos suados para serem concretizados, dou por mim mulher-mãe-de-filhos. Enfim, altura ideal para uma pessoa de bem se atular mais um bocadinho. 
De facto cada vez mais me convenço a não pensar muito na vida, caso contrário nada se faz. Fica-se paralisado de medo perante o monstro que representam as dúvidas. Basicamente ou é agora ou nunca mais. Então que nada fique por fazer, custe o que custar, exija o que exigir e que o trabalho esteja sempre a rebentar pelas costuras.
Foi no seguimento desta "tese" que três semanas depois de nascer a Irene, abriu portas o meu novo projecto. Abriu graças à simplicidade de uma ideia e da conveniência geográfica, minha e da minha sócia, anexadas a um dos desejos femininos mais recorrentes, mais fúteis, básicos e, excluíndo a restauração, mais trabalhosos: "vamos abrir uma loja de roupa italiana em Macau!" Challenge accepted!
La Dolce Vita abriu portas. E o resto? Bom, o resto, espero eu que se torne história...de preferência uma longa e profícua história.

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